José
Manuel dos Santos Gigante nasceu no Porto a 19 de março de 1952. Frequentou o
curso de Arquitetura na Escola Superior de Belas Artes do Porto que concluiu em
1981. Antes, ainda, deste ano, e como consequência da sua intervenção social e
cívica, assumiu o comando da equipa do Serviço Ambulatório de Apoio Local
(SAAL) para o estudo da Renovação Urbana da Sé do Porto (1975-1976) e começou a
colaborar no gabinete de arquitetura de Jorge Gigante e Francisco Melo
(1978-1990). A par da sua atividade de arquiteto também desenvolve funções de
docente, iniciadas na ESBAP nos anos oitenta e prosseguidas na Faculdade de
Belas Artes da Universidade do Porto, onde, como Professor Assistente, lecionou
nos cursos de Arquitetura entre 1981 e 1988. Foi Professor Visitante na École
Nationale Supérieure d' Architecture de Clermont-Ferrand (1989), na École d'
Architecture de Nancy (1991) e da Faculdade de Arquitetura da Universidade de
Palermo/Buenos Aires (1999). É Professor Auxiliar Convidado do Departamento de
Arquitetura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
(FCTUC) desde 1998.
José
Gigante tem participado em conferências e palestras e, em 1999, foi convidado
pela Sociedade "Porto 2001" a apresentar ideias para uma das áreas a
ser intervencionada no Programa de Requalificação da Baixa Portuense. Projetos
e obras suas foram expostos e publicados em Portugal e no estrangeiro, em
revistas europeias de Arquitetura e livros de Arquitetura Europeia
Contemporânea. Em 2008, editou a obra "Habitar", um álbum sobre 7
projetos da sua autoria e que contempla também um inventário mais alargado da
sua obra.Entre os projetos que traçou, podem salientar-se o Edifício de Habitação Coletiva do FFH, Lamego (1978-1982), o conjunto habitacional e equipamentos de Gondifelos, Vila Nova de Famalicão (1987-1997), com João Álvaro da Rocha, a recuperação de um moinho, em Vilar de Mouros, Caminha (1989), o Laboratório Nacional de Investigação Veterinária em Vairão, Vila do Conde, em colaboração com João Álvaro Rocha (1991-1998), o Instituto das Comunicações de Portugal, no Porto, em colaboração com o mesmo João Álvaro Rocha (1993-1996), e ainda o Teatro de Marionetas de Belmonte, construído em 1992 na Rua de Belmonte no Porto, para a companhia dirigida por João Paulo Seara Cardoso. Esta obra recebeu uma Menção Honrosa na categoria de Reabilitação do Prémio Nacional de Arquitetura, em 1993, e será complementada por um museu, atualmente em construção no arruamento quinhentista das Flores. Durante a sua carreira alcançou diversas distinções, como o prémio Gulbenkian de Arquitetura (1986), o prémio nacional de arquitetura da Associação dos Arquitetos Portugueses e Secretaria de Estado da Cultura (1987), o prémio Architécti/Centro Cultural de Belém (1994), o prémio do Instituto Nacional de Habitação (1997) e o prémio europeu de arquitetura AIA-Europe (2001).
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